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quinta-feira, 10 de junho de 2010

MEU AMADO


Um relâmpago de desprezo, entôo de pudor enegrecido
Minha floresta implora por sua presença
Um beijo suave e frio reprova minha existência
Inocente loucura que enobrece meus sentimentos!

Siga o caminho que se perde na penumbra
Pesadelos... negras formas ocultas em transe sem fim
Lobos chorando o puritano Arcanjo que desfalece
Eu estarei...

Quando, na enluarada floresta de negros desejos,
Contemplará rastros de paixão, ódio e melancolia
Quando sentir o calafrio de minha presença
Eu estarei chegando...

Quando a lua está acima do jardim,
Minha sombra florescerá aos seus olhos
Quando a floresta murmura o coro dos anjos
Eu estarei chegando para ti...

Quando meus pecados enfeitiçarem sua alma
Sentirá o ardor que emana o odor das flores
Quando sentir sua carne deleitando o êxtase
Eu estarei ao seu redor!

Quando erguer ao seus olhos um fantasma na neblina,
Sentirá meus braços, a misteriosa névoa que a encobrirá
Quando retirar o negro véu da suplicante generosidade
Eu estarei diante!

Lascivas velas anunciam sua chegada tardia
Devassas ninfas testemunham nosso crime
Banheira de sangue venoso, nosso leito
Ascendendo sua inocente luxúria em volúpia

Quando sentir isso, meu amado
Eu estarei nos seus desejos...

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PALAVRAS AO VENTO